Porque é que alguns cientistas defendem a criação?
Cientistas que acreditam em Deus
SCIENCE não pára de desvendar mistérios do universo e da vida que abunda no nosso planeta. No entanto, tanto os cientistas como os leigos continuam a ter grandes interrogações. Por exemplo: Como surgiu o universo? O que existia antes dele? Porque é que parece ter sido concebido especificamente para suportar a vida? Como é que a vida surgiu aqui na Terra?
Atualmente, a ciência ainda não respondeu a essas perguntas. Alguns até duvidam que isso aconteça. Portanto, muitos se sentem induzidos a reconsiderar seus conceitos e crenças. Vejamos o que alguns cientistas dizem sobre a existência de um Criador.
Michel-Yves Bolloré e Olivier Bonnassies, auxiliados por uma equipe de mais de 20 pesquisadores e cientistas que trabalham juntos há três anos, ajudaram a demonstrar que o niilismo e o materialismo não são as únicas leituras possíveis do Universo, do destino da humanidade ou do "sentido da história". E, portanto, se o Universo teve um começo, como poderia ter surgido e se ordenado segundo leis que o homem vai decifrando aos poucos?
Devemos admitir que as leis do cosmos e da vida são tão precisas que uma variável de 10-30 (dez potência menos trinta) após o ponto decimal na composição da matéria, átomos e moléculas tornaria o universo estéril, ou completamente simplesmente não teria permitido que existisse.
Trechos do livro "God - The Science - The Evidence", "O físico Paul Davies, professor da Arizona State University, também confessa sua genética: "Eu pertencem a um grupo de cientistas que não seguem uma religião convencional, mas se recusam a acreditar que o universo é um acidente fortuito. O universo físico é organizado de maneira tão engenhosa que não posso aceitar essa criação como um fato bruto. Deve haver, na minha opinião, um nível mais profundo de explicação. Querer chamá-lo de 'Deus' é uma questão de gosto e definição." P 177
"Todas estas declarações estão de acordo com as de muitos outros investigadores e cientistas. Estão directamente dependentes de novas descobertas e, por conseguinte, levam a conclusões claras e simples. Mas podemos ir um passo mais longe, com o astrónomo americano Robert Wilson, vencedor do Prémio Nobel de 1978 por descobrir a primeira luz no Universo em 1964: "Certamente houve algo que desencadeou tudo isto. Na minha opinião, se é religioso, de acordo com a tradição judaico-cristã, não há melhor teoria sobre a origem do Universo que possa corresponder ao livro de Génesis". P 201
A perfeita harmonia do Universo é obra do acaso?
Uma das principais questões diz respeito à afinação do cosmos. Porque é que o universo tem leis físicas imutáveis e constantes naturais idealmente precisas que permitem a existência de um planeta como o nosso e de todas as formas de vida nele existentes?
O que entendemos por afinação fina? Pense, por exemplo, na precisão das quatro forças físicas fundamentais: o electromagnetismo, a gravitação, a forte interacção e a fraca interacção. Estas forças influenciam tudo no universo. São tão precisamente reguladas e ajustadas que mesmo pequenas mudanças tornariam o universo estéril.
Para muitas mentes racionais, a coincidência não pode explicar tudo. John Polkinghorne, um físico que ensinou na Universidade de Cambridge, chegou a esta conclusão: "Quando se percebe que as leis da natureza devem ser incrivelmente ajustadas para produzir o universo visível, surge a ideia de que este universo não surgiu por acaso, mas deve ser o resultado de um desenho. "
O que diz a ciência sobre a complexidade do nosso planeta?
O enigma da complexidade
Um enigma que desconcerta os cientistas de hoje é a extrema complexidade do mundo que nos rodeia. O senso comum diz-nos que quanto mais complexo é um evento, mais improvável é. Vejamos um exemplo.
Para que o ADN, o elemento fundamental da vida, se forme, uma miríade de reacções químicas tem de ocorrer numa ordem precisa. Há trinta anos, o Professor Frank Salisbury da Universidade de Utah (EUA) calculou a probabilidade de formação espontânea de uma única molécula de ADN, que é essencial para o aparecimento da vida. Os cálculos resultaram numa probabilidade tão pequena que é considerada matematicamente impossível.
A complexidade é particularmente evidente no caso de organismos vivos, cujas partes complexas seriam inúteis sem outras partes complexas. Vamos ilustrar isto com a reprodução.
Em muitas espécies, as células reprodutivas dos pais passam por um processo notável que resulta na redução do número de cromossomas nestas células para metade. Este processo, denominado meiose, permite que o número correcto de cromossomas seja transmitido. Sem ele, o número seria anormalmente elevado. Teorias evolutivas sugerem que em alguma fase da complexificação dos seres vivos, as fêmeas começaram a desenvolver células reprodutivas que precisavam de ser fertilizadas por células reprodutivas masculinas complementares.
Naturalmente, o mesmo processo teria sido necessário para outras espécies. Como é que, então, a "primeira mãe" de cada espécie se tornou capaz de se reproduzir com um "primeiro pai" plenamente desenvolvido? Como poderiam ambas reduzir subitamente para metade o número de cromossomas nas suas células reprodutivas, de modo a produzir descendentes saudáveis com algumas das características de ambos os progenitores? E se estas características reprodutivas se desenvolveram gradualmente, como poderiam os machos e fêmeas de cada espécie ter sobrevivido enquanto estas características vitais ainda estavam apenas parcialmente formadas?
A probabilidade desta interdependência reprodutiva ocorrer por acaso é já infinitesimal para uma única espécie. Que deve aparecer numa espécie após outra desafia qualquer explicação razoável. Poderá a evolução, esse processo hipotético, explicar tal complexidade? Como poderiam os sistemas que requerem uma correlação tão íntima ser o resultado de eventos acidentais e fortuitos? O mundo vivo está cheio de características que apontam para a antecipação e planeamento, e portanto para a existência de um Planificador inteligente.
Muitos cientistas chegaram a esta conclusão. Por exemplo, o matemático William Dembski escreveu que o "desenho inteligente" evidenciado pelas "características observáveis do mundo natural ... só pode ser adequadamente explicado por causas inteligentes". O bioquímico Michael Behe resume esta ideia com estas palavras: "Pode-se ser um bom católico e acreditar no darwinismo". Mas com a bioquímica, é cada vez mais difícil ser um cientista consciencioso e acreditar no darwinismo. "
O que os fósseis dizem e o que eles não dizem
Um terceiro mistério que confunde os cientistas está relacionado com o registo fóssil. Se a evolução ocorreu durante períodos de tempo imensuráveis, devemos encontrar uma multiplicidade de organismos intermediários, ou ligações, entre os principais tipos de seres vivos. No entanto, os inúmeros fósseis desenterrados desde Darwin têm-se revelado decepcionantes a este respeito. Os elos em falta são apropriadamente nomeados: eles são evidentes pela sua ausência!
Mais do que um cientista concluiu que as provas disponíveis são insuficientes e demasiado contraditórias para provar que a vida evoluiu. Luther Sutherland, um engenheiro aeroespacial, escreveu no seu livro Darwin's Conundrum: "Os factos científicos mostram que sempre que uma forma de vida inteiramente nova apareceu na Terra, de protozoários unicelulares ao homem, ela foi completa e os seus órgãos e estruturas totalmente funcionais. A partir desta realidade, uma dedução é óbvia: antes do aparecimento da vida na Terra, existia alguma forma de inteligência inicial. "
Por outro lado, o registo fóssil confirma a ordem geral de aparecimento das formas de vida que a Bíblia cita no livro do Génesis. Um exame atento do registo fóssil leva a concluir que os animais se reproduzem de acordo com a sua espécie, como diz Génesis", diz Donald Chittick, um estudante de pós-graduação em química da Universidade do Oregon. Eles não evoluíram de uma espécie para outra. Os factos que temos hoje, como os da época de Darwin, são consistentes com o relato do Génesis de uma criação directa. Animais e plantas continuam a reproduzir-se de acordo com a sua espécie. De facto, tal é a discórdia entre a paleontologia (o estudo dos fósseis) e o darwinismo que alguns cientistas começam a acreditar que as formas intermédias nunca serão encontradas. "
Sejamos francos
Os pontos que acabamos de considerar são apenas a ponta do iceberg; há uma multiplicidade de outros puzzles que confundem aqueles que negam as provas para um Criador. Os cientistas estão agora a perceber que a rejeição de Deus não se baseia em provas sólidas ou lógica rigorosa, mas em pressupostos e conjecturas demasiado optimistas.
Esta é uma das questões mais frequentemente levantadas, o sofrimento e a injustiça têm estado presentes em todo o lado desde o início da humanidade. Se Deus criou os seres humanos, é lógico perguntar PORQUÊ Ele permite que isto afecte pessoas inocentes como crianças ou mesmo animais? Mesmo que não esteja verdadeiramente afectado pelos problemas, o seu sentido de justiça revolta-se.
Muitas pessoas pensam que Deus é importante demais para se preocupar com nossos problemas. A Bíblia deixa claro que Deus se preocupa conosco, dizendo por exemplo: "enquanto lançais sobre ele todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5: 7).
Deus é sensível ao nosso sofrimento?
Assim como um pai carinhoso sofre quando vê seus filhos sofrerem, às vezes por causa de seus próprios erros, assim Deus fica profundamente triste ao ver nós em aflição: “Durante toda a aflição deles, ele também ficou aflito. E o seu mensageiro pessoal os salvou. Por amor e compaixão, ele os resgatou; E ele os levantou e os carregou todos os dias do passado.” (Isaías 63:9).
No entanto, se Deus criou o vasto universo tão admiravelmente organizado, ele deve ter uma razão válida para deixar os homens se afundarem em tal confusão.
Muitos pensam que é Deus. Mas se assim fosse, haveria tanto sofrimento na terra? Isso é o que tem feito as pessoas sensatas se perguntarem: que forças levam os homens a agir de maneira tão repugnante ou os levam a situações em que se sentem compelidos a cometer atrocidades? Alguma vez se perguntou se algum poder maléfico invisível estará a levar as pessoas a serem tão violentas? De acordo com a Bíblia, o mundo é dominado por um ser maligno. Ela diz: "O mundo inteiro jaz no poder do iníquo". (1 João 5:19)
Num mundo em que o cepticismo é frequentemente visto como uma protecção necessária contra o engano, é fácil acostumarmo-nos a duvidar de tudo e de todos. A dúvida negativa não leva a lado nenhum. Por outro lado, o diálogo sincero e a investigação construtiva podem ser ferramentas valiosas para o indivíduo em busca da verdade.Sem duvidar da existência de Deus, pode-se ter dúvidas justificadas sobre algumas das doutrinas ensinadas pelas igrejas que se autodenominam cristãs. A busca sincera pode então levar à rejeição do erro religioso e à descoberta da verdade. Mas em que base deve ser efectuada esta investigação?
É por meio da nossa própria razão e da observação dos factos que podemos desenvolver convicções firmes que, por sua vez, construirão a nossa fé. Para utilizar a definição dada na Bíblia, "a fé é a firme expectativa das coisas esperadas, a demonstração clara das coisas não vistas". (Heb. 11:1.)
Embora a Bíblia não seja um livro de ciência, ela é exacta quando se trata de assuntos científicos. Aqui estão alguns exemplos de como a ciência e a Bíblia não se contradizem.
O universo teve um começo (Génesis 1:1).
Muitos mitos antigos não dizem que o universo foi criado, mas que ele se organizou a partir de um caos pré-existente. Os babilónios acreditavam que os deuses que trouxeram o universo à existência provinham de dois oceanos. Outras lendas relatam que o universo nasceu de um ovo gigante.
A terra está suspensa no vazio (Job 26:7).
Para muitos povos antigos, o mundo era um disco que repousava sobre um gigante ou um animal, como um búfalo ou uma tartaruga.Há 3.500 anos atrás, a Bíblia dizia que a terra está suspensa "sobre o nada". (Job 26:7.) No século VIII a.C., Isaías falava do "círculo [ou: esfera] da terra". (Isaías 40:22) Uma terra esférica que fica no espaço sem suporte visível ou físico: não será esta uma descrição surpreendentemente moderna?
Rios e nascentes são alimentados pela água que evapora dos oceanos e depois cai na terra como chuva, neve ou granizo (Jó 36:27, 28; Eclesiastes 1:7; Isaías 55:10; Amós 9:6).
Os antigos gregos acreditavam que a água dos rios vinha de um oceano subterrâneo; esta ideia persistiu até ao século XVIII.
As montanhas erguem-se e abaixam-se; as montanhas de hoje estavam outrora debaixo dos oceanos (Salmo 104:6, 8).
De acordo com vários mitos, as montanhas foram criadas como são pelos deuses.
A idade da Terra e do universo
Os cientistas estimam que a Terra tem 4 mil milhões de anos e que o universo começou há 13-14 mil milhões de anos. A Bíblia não diz quando é que o universo foi criado. E em lado nenhum diz que a Terra tem apenas alguns milhares de anos de idade. O primeiro versículo da Bíblia diz: "No princípio Deus criou os céus e a terra" (Génesis 1:1). Esta afirmação geral deixa em aberto aos cientistas a determinação da idade do mundo físico, com base em princípios científicos bem estabelecidos.
O processo de desenvolvimento da terra para acolher os seres humanos
O primeiro capítulo do Génesis utiliza o termo "dia" para descrever cada etapa desta preparação para a vida em todas as suas variadas formas. A simples descrição neste capítulo termina com a chegada dos seres humanos. A Bíblia não especifica quanto tempo duraram os seis "dias" da criação. Os cientistas são, portanto, livres de os estudar e avaliar correctamente a sua duração. Sabemos que estes "dias" duraram muito mais do que 24 horas.
Prevenção de doenças e questões de higiene
O livro do Levítico contém instruções destinadas aos israelitas sobre como evitar a propagação de doenças contagiosas. Um dos aspectos de que fala é a quarentena. Sobre a questão da higiene, a lei registada em Deuteronómio 23:12, 13 ordenava aos israelitas que fizessem a suas excreções num local isolado fora do campo e o enterrassem. Foi somente há 200 anos que cientistas e médicos sentiram a necessidade de estabelecer tais padrões sanitários.
A informação bíblica acima referida foi escrita há muitos séculos. Como poderiam os escritores da Bíblia ter tido informações precisas quando os cientistas do seu tempo não as tinham? A resposta do seu Autor: "Como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os vossos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos" (Isaías 55:9).
A descoberta das leis do universo confirmou em muitas ocasiões que as Escrituras são exactas e que o salmista estava certo quando disse de Deus: "A substância da tua palavra é a verdade". (Sl. 119:160). Portanto, analisemos agora se a Astronomia, a Medicina, a Botânica, a Anatomia e a Fisiologia confirmam a exactidão da Bíblia.
PARA quem estuda a Bíblia, a arqueologia é útil, pois suas descobertas muitas vezes aumentam o conhecimento sobre a vida, as circunstâncias, os costumes e os idiomas nos tempos bíblicos. A arqueologia também fornece informações úteis a respeito do cumprimento de profecias bíblicas, como as que predisseram a queda da antiga Babilônia, de Nínive e de Tiro. (Jeremias 51:37; Ezequiel 26:4, 12; Sofonias 2:13-15) Mas essa ciência tem suas limitações. Objetos encontrados precisam ser interpretados, e as interpretações estão sujeitas ao erro humano e a modificações.
A fé cristã não depende de vasos quebrados, tijolos em desintegração ou muros em ruínas, mas sim do inteiro e harmonioso conjunto de verdades espirituais encontradas na Bíblia. (2 Coríntios 5:7; Hebreus 11:1) Com certeza, a harmonia interna da Bíblia, sua candura, profecias cumpridas e muitos outros fatores fornecem evidência convincente de que “toda a Escritura é inspirada por Deus”. (2 Timóteo 3:16) Mesmo assim, considere várias descobertas arqueológicas interessantes que confirmam relatos bíblicos.
Em 1970, uma equipe de arqueólogos escavando em Jerusalém descobriu uma ruína queimada. “A situação era evidente para qualquer olho treinado”, escreveu o chefe de equipe, Nahman Avigad. “O prédio havia sido destruído por fogo, e as paredes e o teto haviam desabado.” Em um aposento havia os ossos [1] de um braço, com os dedos estendidos, tentando alcançar um degrau.
Havia moedas [2] pelo chão, a mais recente sendo de 69 EC — o quarto ano da revolta judaica contra Roma. Objetos haviam sido espalhados antes que o prédio desabasse. “Vendo isso”, disse Avigad, “lembramos da descrição de Josefo sobre soldados romanos saqueando as casas depois que a cidade foi conquistada”. Os historiadores datam o saque que Roma fez em Jerusalém como tendo acontecido em 70 EC.
As análises indicaram que os ossos eram de uma mulher de uns 20 e poucos anos. “Surpreendida pelo fogo quando os romanos atacaram”, diz a revista Biblical Archaeology Review, “uma jovem que estava na cozinha da Casa Incendiada caiu no chão e tentava alcançar um degrau perto da porta quando morreu. O fogo havia se espalhado tão depressa . . . que ela não conseguiu fugir e foi soterrada pelos escombros”.
Essa cena nos lembra a profecia de Jesus sobre Jerusalém, proferida quase 40 anos antes: “Teus inimigos . . . despedaçarão contra o chão a ti e a teus filhos dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra.” — Lucas 19:43, 44.
As descobertas arqueológicas que confirmam declarações bíblicas também incluem os nomes de pessoas mencionadas nas Escrituras. Algumas dessas descobertas desmentiram as afirmações dos críticos de que os escritores da Bíblia inventaram certos personagens ou exageraram sua fama.
Inscrições de nomes bíblicos
No passado, eruditos renomados acreditavam que o rei assírio Sargão II, cujo nome aparece na Bíblia em Isaías 20:1, nunca existiu. Mas em 1843, perto da atual Corsabade, no Iraque, num afluente do rio Tigre, foi descoberto o palácio de Sargão [3], que abrange cerca de 10 hectares. Sargão II, antes conhecido apenas pelos que liam a Bíblia, é agora um dos mais conhecidos reis da Assíria. Em um de seus anais [4], ele afirma ter capturado a cidade israelita de Samaria. De acordo com a cronologia bíblica, Samaria foi conquistada pelos assírios em 740 AEC. Sargão também registra a captura de Asdode, confirmando ainda mais o texto de Isaías 20:1.
Enquanto escavavam as ruínas da antiga cidade de Babilônia, no atual Iraque, os arqueólogos descobriram perto do Portão de Istar cerca de 300 tabuinhas cuneiformes. Referindo-se ao período do reinado de Nabucodonosor, rei de Babilônia, as inscrições incluem uma lista de nomes, entre os quais está “Yaukin, rei da terra de Yahud”. Isso se refere a Joaquim, rei de Judá, que foi levado cativo para Babilônia quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém pela primeira vez, em 617 AEC. (2 Reis 24:11-15) Cinco dos filhos de Joaquim também são mencionados nas tabuinhas. — 1 Crônicas 3:17, 18.
Em 2005, enquanto escavavam num sítio arqueológico à procura do palácio do Rei Davi, arqueólogos se depararam com uma enorme estrutura de pedra. Eles acreditam que essa estrutura tenha sido destruída quando os babilônios arrasaram Jerusalém há pouco mais de 2.600 anos, nos dias de Jeremias, profeta de Deus. Não se sabe se a estrutura é a ruína do palácio de Davi, mas a arqueóloga Eilat Mazar identificou um objeto especialmente interessante — a impressão de um selo de argila [5] de um centímetro de largura que diz: “Pertencente a Yehuchal, filho de Shelemiyahu, filho de Shovi”. É evidente que essa impressão foi feita com o selo de Yehuchal (também Jeucal ou Jucal), um funcionário judaico mencionado na Bíblia como opositor de Jeremias. — Jeremias 37:3; 38:1-6.
Segundo Mazar, Jeucal é apenas o “segundo ministro régio” depois de Gemarias, filho de Safã, cujo nome aparece numa impressão de selo achada na Cidade de Davi. A Bíblia identifica Jeucal, filho de Selemias (Shelemiyahu), como um príncipe de Judá. Antes da descoberta do selo, ele era conhecido apenas nas Escrituras.
Sabiam ler e escrever?
A Bíblia indica que os israelitas do passado eram alfabetizados. (Números 5:23; Josué 24:26; Isaías 10:19) Mas os críticos discordavam, dizendo que a história bíblica, em grande parte, foi transmitida por tradição oral passível de erros. Em 2005 essa teoria sofreu um golpe quando os arqueólogos que trabalhavam em Tel Zayit, a meio caminho entre Jerusalém e o Mediterrâneo, encontraram um alfabeto arcaico, talvez o mais antigo alfabeto hebraico [6] já encontrado, gravado num pedaço de calcário.
Alguns eruditos dizem que essa descoberta, datada do décimo século AEC, sugere “treinamento formal por parte de escribas”, um “nível de cultura sofisticado” e “um desenvolvimento rápido da burocracia israelita em Jerusalém”. Assim, contrário às afirmações dos críticos, parece que pelo menos já no décimo século AEC os israelitas eram alfabetizados e teriam condições de registrar sua história.
Registros assírios dão apoio adicional
A Assíria, antes um poderoso império, muitas vezes aparece no registro bíblico, e numerosas descobertas arqueológicas feitas lá confirmam a exatidão das Escrituras. Por exemplo, uma escavação no local da antiga Nínive, capital da Assíria, revelou uma placa esculpida [7] no palácio do Rei Senaqueribe, a qual retrata soldados assírios conduzindo judeus cativos para o exílio após a queda de Laquis em 732 AEC. Você poderá ler o relato bíblico em 2 Reis 18:13-15.
Os anais de Senaqueribe [8], encontrados em Nínive, descrevem sua campanha militar durante o reinado do rei judeu Ezequias, que é mencionado nos anais por nome. Registros cuneiformes de vários outros governantes fazem referência aos reis judeus Acaz e Manassés, como também aos reis israelitas Onri, Jeú, Jeoás, Menaém e Oséias.
Em seus relatos, Senaqueribe se gaba de seus sucessos militares, mas é significativo que não faça nenhuma menção de ter conquistado Jerusalém. Essa omissão marcante dá credibilidade ao registro bíblico, que declara que o rei nunca sitiou Jerusalém, mas sofreu derrota às mãos de Deus. Depois disso, o humilhado Senaqueribe voltou para Nínive, onde, segundo a Bíblia, foi assassinado por seus filhos. (Isaías 37:33-38) É interessante que duas inscrições assírias confirmam o assassinato.
Por causa da perversidade das pessoas de Nínive, Naum e Sofonias, profetas de Jeová, predisseram a completa destruição da cidade. (Naum 1:1; 2:8-3:19; Sofonias 2:13-15) Suas profecias se cumpriram quando as forças aliadas de Nabopolassar, rei de Babilônia, e de Ciaxares, o Medo, sitiaram e capturaram Nínive em 632 AEC. Mais uma vez a descoberta e a escavação de suas ruínas confirmaram os relatos bíblicos.
Em Nuzi, antiga cidade ao leste do rio Tigre e ao sudeste de Nínive, escavada entre 1925 e 1931, foram descobertos muitos objetos, incluindo cerca de 20 mil tabuinhas de argila. Escritas no idioma babilônico, elas contêm uma riqueza de detalhes envolvendo costumes relacionados às leis, parecidos com os da era patriarcal descritos em Gênesis. Os textos mostram, por exemplo, que deuses de família, geralmente pequenas estatuetas de argila, eram um tipo de título de propriedade, concedendo ao dono o direito de herança. Esse costume talvez explique por que Raquel, esposa do patriarca Jacó, levou os deuses de família, ou “terafins”, que pertenciam a seu pai, Labão, quando a família de Jacó se mudou. É compreensível que Labão tentasse recuperar os terafins. — Gênesis 31:14-16, 19, 25-35.
A profecia de Isaías e o Cilindro de Ciro
A inscrição cuneiforme no antigo cilindro de argila ilustrado aqui confirma outro relato bíblico. Conhecido como Cilindro de Ciro [9], esse documento foi achado no local da antiga Sipar, no Eufrates, a cerca de 30 quilômetros de Bagdá. Menciona a conquista de Babilônia por Ciro, o Grande, fundador do Império Persa. De modo surpreendente, uns 200 anos antes, Jeová falou por meio de seu profeta Isaías sobre um governante medo-persa que se chamaria Ciro: “‘Ele é meu pastor e executará completamente tudo aquilo em que me agrado’; dizendo eu de Jerusalém: ‘Ela será reconstruída.’” — Isaías 13:1, 17-19; 44:26-45:3.
É significativo que o cilindro mencione o plano de ação de Ciro — em nítido contraste com o de outros antigos conquistadores — de libertar os cativos, presos pela potência anterior, para que retornassem à sua terra natal. A história bíblica e a secular confirmam que Ciro libertou os judeus, que então reconstruíram Jerusalém. — 2 Crônicas 36:23; Esdras 1:1-4.
Embora seja uma ciência relativamente nova, a arqueologia bíblica tornou-se um importante campo de estudo que tem fornecido algumas informações valiosas. E, como vimos, muitas das descobertas confirmam a autenticidade e a exatidão da Bíblia, às vezes até nos mínimos detalhes.
Astronomia, medicina, botânica, anatomia e fisiologia ?
É um fato bem conhecido que os capítulos iniciais de Gênesis têm sido alvo de zombarias e de ataques especialmente causticantes. Em flagrante contradição às afirmações de muitos clérigos da cristandade, de que Gênesis é apenas uma coleção de poesias e de lendas, no quinto século, o católico “pai da igreja” e erudito Agostinho declarou que a “narrativa [de Gênesis] não é a espécie de estilo literário em que as coisas são declaradas de modo figurativo, . . . mas, do começo ao fim, ela relata fatos que realmente ocorreram, como no livro dos Reis e em outros livros históricos”. (De Genesi ad litteram, VIII, 1, 2) O exame do primeiro capítulo de Gênesis revela que a Bíblia estava muito à frente dos conceitos contemporâneos.
Muito antes de Aristóteles (384-322 A.E.C.), que acreditava que as estrelas estivessem fincadas no céu assim como pregos, Gênesis (1:6-8) descreveu a abóbada celeste como “expansão” (Tradução do Novo Mundo) ou “firmamento” (Matos Soares). A palavra “firmamento” vem da latina firmare, que significa dar consistência, firmar, fazer sólido. Jerônimo usou esta expressão na Vulgata latina ao traduzir a palavra hebraica raqia, a qual, ao contrário, significa “superfície estendida”, “expansão”. Segundo T. Moreux, ex-chefe do Observatório de Bourges, na França, “esta expansão, que para nós constitui o céu, é designada no texto hebraico por uma palavra que a Septuaginta [grega], influenciada pelas idéias cosmológicas prevalecentes na época, traduziu por stereoma, firmamento, abóbada sólida. Moisés não transmite nenhuma idéia assim. A palavra hebraica raqia apenas transmite a idéia de extensão, ou melhor ainda, de expansão.” Portanto, a Bíblia descreveu com mais exatidão a expansão ou atmosfera acima de nós.
Gênesis fala sobre os luzeiros que brilham sobre a terra “para fazerem separação entre a luz e a escuridão”. (Gên. 1:14-18) Ora, estas palavras foram escritas por Moisés no século 16 antes de nossa Era Comum. Note apenas um dos conceitos fantasiosos então existentes sobre este assunto. Paul Couderc, astrônomo do Observatório de Paris, escreveu: “Até o quinto século antes de nossa era comum, os homens estavam enganados a respeito da questão fundamental sobre o dia e a noite. Para eles, a luz era um vapor luminoso, ao passo que a escuridão era um vapor negro, o qual, à noite, ascendia do solo.” Que contraste com a declaração sucinta, mas cientificamente exata, feita na Bíblia a respeito da causa do dia e da noite no nosso planeta!
Os que viveram na época em que a Bíblia foi escrita tiveram idéias estranhas sobre a forma e a base da terra. Segundo a antiga cosmologia egípcia, “o universo é uma caixa retangular, colocada na posição norte-sul, igual ao Egito. A terra fica no fundo, como planície ligeiramente côncava, com o Egito no centro. . .. Nos quatro pontos cardeais, cumes muito elevados sustentam o céu. O céu é uma cobertura metálica, chata ou curvada para fora, cheia de buracos. Dela ficam suspensas as estrelas, iguais a lâmpadas penduradas de fios.”
Será que tais teorias infantis foram abandonadas séculos mais tarde? Longe disso. O astrônomo e filósofo grego Anaximandro (do sexto século A.E.C.) sustentava: “A Terra é cilíndrica, três vezes mais larga do que funda, sendo habitada apenas a parte superior. Mas esta Terra encontra-se isolada no espaço, e o céu é uma esfera completa, em cujo centro se encontra, sem apoio, o nosso cilindro, a Terra, situada numa distância igual de todos os pontos do céu.” Um século mais tarde, Anaxágoras cria que tanto a terra como a lua eram chatas.
A Bíblia estava muito à frente dos conceitos científicos ensinados naquele tempo. No século 15 antes de nossa Era Comum, ela descreveu o Criador como aquele que “suspende a terra sobre o nada”, e no oitavo século A.E.C. falou sobre o “círculo da terra”. (Jó 26:7; Isa. 40:22) Não é exatamente assim que a terra lhe pareceu na tela da televisão, quando os astronautas a fotografaram desde a lua?
A MEDICINA E A BOTÂNICA
A Bíblia menciona plantas e árvores que cresciam em diversas terras. Por exemplo, menciona com exatidão os poderes curativos do bálsamo, tirado de diversas árvores sempre-verdes. C. E. Martin, escrevendo no Dicionário Enciclopédico da Bíblia, em francês, explica: “Pequenas quantidades de mástique [resina] gotejam de modo natural da árvore, mas, para conseguir mais, fazem-se incisões longitudinais no tronco, permitindo o fluxo livre da resina. . . . Ele tinha a reputação de mitigar a dor e de sarar feridas; bálsamo de Gileade, recomendado para feridas, é mencionado em sentido figurativo por Jeremias (8:22; 46:11; 51:8); é também mencionado proverbialmente na linguagem moderna.” Muitos historiadores romanos e gregos, tais como Plínio e Diodoro da Sicília, fizeram menção deste bálsamo.
Segundo o registro bíblico, no nono século A.E.C., o profeta hebreu Jonas viajou para Nínive, antiga capital da Assíria. Em resultado de sua atividade missionária, “os homens de Nínive começaram a depositar fé em Deus”. (Jonas 3:5) Mais tarde, ele acampou ao leste da cidade e obteve alívio contra o sol debaixo dum cabaceiro, que cresceu da noite para o dia, para prover sombra para a cabeça de Jonas. (Jonas 4:6, 10, 11) É verdade que o cabaceiro-amargoso (Cucurbita lagenaria) se desenvolve tão rapidamente? O Dicionário da Bíblia, em francês, publicado sob a direção de F. Vigouroux, diz o seguinte: “Sabe-se que o cabaceiro cresce bem rapidamente em países quentes e que é usado para recobrir de verde as paredes das casas e dos abrigos aos quais se apega, igual à trepadeira de Virgínia, dando proteção contra o calor por meio de suas folhas grandes. . . . Em pinturas simbólicas, encontradas nas catacumbas, baseadas na história de Jonas, sempre se retrata esta planta.” Portanto, é bem coerente com o fato de que um cabaceiro de crescimento normalmente rápido fosse feito crescer milagrosamente numa só noite, pelo poder de Jeová, para proteger Jonas contra os raios quentes do sol.
Descrevendo a sorte de grupos nacionais que se opõem à soberania de Deus, a Bíblia declara que serão “como o remoinho de cardos [em hebraico: galgal] diante do tufão”. (Isa. 17:13) A Encyclopœdia Judaica diz: “O galgal bíblico tem uma maneira extraordinária de espalhar suas sementes. No fim do verão, desprende-se do solo, e suas folhas espinhosas, parecendo velas, voam com o vento e espalham as sementes.” Nogah Hareuveni, autor do folheto intitulado “Ecologie dans la Bible” (Ecologia na Bíblia), menciona o cardo galgal, escrevendo: “A planta que leva este nome começa seu crescimento rápido em março. . . . Em poucas semanas, este aparentemente inocente galgal torna-se um monstro espinhoso, com folhas e flores recobertas de espinhos afiados. No verão, a planta começa a secar, mas parece tão firmemente arraigada e tão ameaçadora, que parece ser impossível livrar-se dela. Quando o galgal fica plenamente desenvolvido, acontece algo estranho debaixo do solo, entre o caule e as raízes: ocorre uma separação celular entre o caule e as raízes, e só é preciso a mínima brisa de verão para arrastar a planta inteira.” Portanto, igual a este cardo, que parece temível, mas que o vento pode levar tão facilmente, aqueles que se opõem à soberania divina serão eliminados. A comparação bíblica, ‘como o cardo’, é exata.
A ANATOMIA E A FISIOLOGIA
Se a Bíblia é originária do Criador do homem, devemos poder encontrar nas suas páginas prova convincente de que ela não é produto da sabedoria humana. Conforme já vimos, as pessoas da antiguidade tinham algumas idéias bem esquisitas sobre a origem do homem. De modo similar, textos de medicina do antigo Egito revelam grande ignorância no campo da medicina. Embora Moisés fosse “instruído em toda a sabedoria dos egípcios”, escreveu que o homem foi formado, não das lágrimas de Rá, mas “do pó do solo”. (Gên. 2:7; Atos 7:22) Confirmou a ciência médica moderna que o homem foi formado dos elementos minerais do solo da terra?
Na sua obra conjunta, Les oligoéléments (Os Oligoelementos), Andrée Goudot e Didier Bertrand, membro da Academia Agrícola Francesa, informa-nos: “Em todos os organismos vivos estudados, além de carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo, cálcio, enxofre, cloro, magnésio, potássio e sódio, a presença dos seguintes elementos pode ser considerada como fato provado: seis elementos não-metálicos: flúor, bromo, iodo, boro, arsênico e silício; um elemento de transição: vanádio; e treze metais: ferro, zinco, manganês, cobre, níquel, cobalto, lítio, rubídio, césio, alumínio, titânio, cromo, molibdênio e provavelmente também estanho, chumbo, prata, gálio, estrôncio e bário.” Todas essas substâncias são encontradas na crosta da terra, provando que o homem foi deveras formado do solo, assim como diz a Bíblia.
Durante muitos séculos, a Bíblia tem declarado que o sangue da criatura representa sua vida, ou alma. “A alma de todo tipo de carne é seu sangue.” (Lev. 17:14) É tal posição válida na medicina? É um fato científico que o sangue está intimamente envolvido nos processos da vida. Além disso, a ciência descobriu bastante recentemente que o sangue de cada pessoa é específico e singular. Léone Bourdel, professor da Escola Superior de Antropobiologia, francesa, escreveu o seguinte: “As combinações genéticas na procriação são tais que nosso sangue é singular, nunca idêntico ao de qualquer de nossos pais, nem ao de nossos filhos. E produzimos este mesmo sangue durante toda a nossa vida. De fato, não importa quantas transfusões recebamos, nunca assimilamos o sangue recebido do doador; é sempre nosso próprio sangue que prevalece e que se renova perpétua e identicamente.”
MOTIVOS PARA SE ACREDITAR NA BÍBLIA
Parafraseando Aldous Huxley, já citado, ‘encontrar bons motivos para aquilo que crê por outros bons motivos’ foi o objetivo desta consideração da pergunta: “Deve acreditar na Bíblia?”
Primeiro, vimos que a própria Bíblia não pede que tenhamos fé cega. Ela convida-nos a usar nossa “faculdade de raciocínio” e a ‘certificar-nos de todas as coisas’. (Rom. 12:1, 2; 1 Tes. 5:21) Vimos que a arqueologia apóia a exatidão histórica da Bíblia. Além disso, mostrou-se, por meio de uns poucos exemplos, que o registro bíblico, mesmo nos mínimos detalhes, é cientificamente válido.
Estes são “bons motivos” para acreditar na Bíblia. Mas, há “outros bons motivos” — de fato, motivos ainda melhores, porque é bastante claro que a fé em Deus e a confiança na sua Palavra não podem depender apenas das descobertas arqueológicas e das investigações científicas. Além de ter seu valor intrínseco como guia moral, a Bíblia é o único livro que nos apresenta a Revelação da vontade e do propósito de Deus para com a humanidade. Sim, este divinamente inspirado Livro dos Livros fornece-nos uma esperança real para o futuro de nossa terra e da humanidade sobre ela, conforme mostrará o artigo concludente desta série.
A Bíblia vem de Deus ou contém pensamentos puramente humanos?
A Bíblia se apresenta como sendo inspirada por Deus, ela diz "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para instruir na conduta correta". Como, então, pode ser “inspirado por Deus”?
Simplificando, a frase “inspirada por Deus” significa que Deus é a Fonte das informações que ela contém. Como a Bíblia diz, “os homens falaram da parte de Deus movidos pelo espírito santo” (2 Pedro 1:21). Em outras palavras, Deus usou seu agente invisível, o espírito santo, para transmitir sua mensagem aos escritores dos livros da Bíblia. É como um empresário ditando uma carta para sua secretária. O autor da carta não é quem a escreve, mas quem a dita.
Alguns escritores da Bíblia literalmente ouviram uma mensagem de Deus transmitida por um anjo. Outros receberam visões de Deus. Em outros casos, Deus comunicou sua mensagem na forma de sonhos. Ele às vezes permitia que os editores relatassem sua mensagem em seus próprios termos; mas outras vezes ele lhes dizia palavra por palavra o que escrever. De qualquer forma, os escritores da Bíblia expressaram os pensamentos de Deus, não os deles.
Como podemos ter certeza de que os escritores da Bíblia foram inspirados por Deus?
Qual era o plano original de Deus para os seres humanos?
DEUS criou Adão e Eva para viverem felizes na terra e cuidarem da sua bela casa (Génesis 2,15). Deu-lhes a capacidade de manifestar, até certo ponto, as Suas qualidades. Adão e Eva podiam explorar o planeta e desfrutar de tudo o que nele existe. Os seus descendentes deveriam nascer em condições perfeitas.
Que oportunidade deu Deus ao primeiro casal humano? Deus ofereceu aos nossos primeiros pais a oportunidade de viverem para sempre numa terra paradisíaca e de aprenderem cada vez mais sobre ele e as suas obras (Salmo 115:16; Eclesiastes 3:10, 11). Eles também podiam passar essa oportunidade aos seus filhos.
Que instruções é que Deus deu a Adão e Eva? Adão e Eva podiam gozar a vida livremente como filhos de Deus, desde que respeitassem os padrões de certo e errado estabelecidos pelo seu Criador. Deus explicou-lhes a melhor forma de usar a sua liberdade e avisou-os das consequências da desobediência. Se cumprissem as Suas instruções, viveriam eternamente em perfeição; se optassem por fazer o que quisessem, sofreriam e perderiam a vida. Quando temos liberdade de escolha, somos responsáveis pelas nossas decisões e acções (Génesis 2:16, 17).
Por que é que as coisas correram mal? Primeiro, Satanás rebelou-se contra Deus. Depois, Adão e Eva decidiram rebelar-se. Como resultado, pecaram contra Deus. Perderam então a perfeição e foram condenados a morrer (Génesis 5:5).
Como é que a decisão de Adão e Eva nos afecta? Depois do seu pecado, Adão e Eva já não podiam transmitir a perfeição e a perspectiva de vida eterna aos seus descendentes. Assim, trouxeram o pecado e a morte para o mundo. Ao contrário do plano original de Deus, todos nós morremos por causa do pecado.
"Não há homem justo na terra que faça sempre o bem e não peque", diz a Bíblia (Eclesiastes 7,20).
Os pecados limitam-se às infracções graves?
Qualquer má acção, pensamento ou sentimento é um pecado: explodir de raiva, insultar o cônjuge, ter um desejo indecoroso, ceder a um impulso egoísta, etc. É possível nunca pecar?
É possível nunca pecar?
Por exemplo, quem pode dizer que nunca violou o décimo mandamento: "Não desejarás... o que pertence ao teu próximo"? (Êxodo 20:17). Sejamos realistas: "Não há homem que não peque" (1 Reis 8,46). Não cometer pecado, mesmo que seja por um dia, é simplesmente impossível.
Como é que o pecado nos afecta?
A nossa incapacidade de não pecar mostra que o pecado é um problema muito mais profundo do que apenas fazer a coisa errada. Todos nós herdámos o pecado. Ficamos doentes, envelhecemos e morremos, não porque escolhemos fazer o mal, mas principalmente porque nascemos imperfeitos, propensos a falhas. Não temos os meios para nos livrarmos dessa inclinação. Pois "quem pode tirar o puro do impuro? Ninguém" (Job 14,4).
Adão e Eva foram criados perfeitos, não tinham tendência para o pecado. Mas, ao escolherem pecar, tornaram-se como uma forma de bolo deformada que só podia produzir bolos deformados. Portanto, não temos escolha. Todos nós trazemos dentro de nós a deformidade dos nossos pais: defeitos e más inclinações, em suma, o pecado que herdámos de Adão e Eva. Mas será que isso é realmente importante?
Que efeito tem o pecado na nossa relação com Deus?
"Não és um Deus que se deleite com a maldade; o homem mau não pode habitar contigo por muito tempo" (Salmo 5,4 [5,5, ZK]).
Ao pecarem, Adão e Eva cortaram os laços com Deus. Do mesmo modo, o pecado separa-nos de Deus. "As vossas iniquidades tornaram-se o que vos separa do vosso Deus, e os vossos pecados fizeram com que ele escondesse de vós o seu rosto, para que não o ouvísseis" (Isaías 59:2).
Será que Deus abandonou o seu plano original por causa da rebelião de Adão e Eva?
Deus nunca abandonou o seu plano. Ele ainda quer que a Terra seja um paraíso cheio de pessoas felizes. Nada pode impedir o Todo-Poderoso de atingir o seu objectivo. "Deus não é homem para mentir, nem é filho do homem para se arrepender. Ele disse isto e não o fará? Falou ele e não o fará?" (Números 23:19).
Antes de criar a terra e o homem, Deus criou os anjos (Job 38:4, 7). Um desses anjos tentou apoderar-se do poder sobre os seres humanos. Tornou-se assim "Satanás", que significa "opositor". Ele não questionou o poder de Deus, mas o seu direito de governar.
Qual é o objectivo de Satanás?
Ele quer colocar todos os seres humanos sob o seu domínio. Acusou Deus de mentir e disse a Eva que ela e o seu marido seriam mais felizes se decidissem por si próprios o que era certo e errado (Génesis 3:4, 5).
Que resultados alcançou Satanás?
Ao dar ouvidos a Satanás, Adão e Eva colocaram-se sob o seu controlo e quebraram a sua relação com Deus. Acabaram por ser mais felizes? Será que os seres humanos beneficiaram do facto de viverem independentemente de Deus? Será que temos uma vida perfeita no Paraíso, como Deus pretendia originalmente?
Porque é que esta situação se assemelha a uma provação?
Imagine que um membro da família que não tem filhos pede a guarda dos seus. Ele processa-o, acusando-o de negligenciar os seus filhos e de os ter criado mal. Para responder a esta acusação e limpar o seu nome, terá de apresentar provas. Os seus filhos também terão de testemunhar. Da mesma forma, Satanás acusa Deus de mentir e afirma que os humanos o servem por interesse próprio (Génesis 3:4, 5; Job 1:9-11; 2:4, 5).
Porque é que o julgamento demora tanto tempo?
Quando um caso é importante, leva tempo a ser resolvido. Por outro lado, o veredicto final que Deus pronunciará estabelecerá um precedente universal e definitivo. Este veredicto santificará o nome de Deus (ilibá-lo-á de todas as acusações) e estabelecerá que a sua forma de governar é a melhor. Então, Deus reparará todos os danos causados por Satanás, como fez no caso de Job (Job 42,10).
Porque este nome, Jeová (יהוה), representa o próprio Deus. De facto, Deus disse: "Este é o meu nome para sempre e este é o meu memorial de geração em geração" (Êxodo 3:15). O significado do nome divino, "Ele faz com que se torne", garante que Deus pode tornar-se naquilo que a realização dos Seus planos exige que Ele seja. Ele exerceu esta capacidade, por exemplo, quando libertou Israel da escravidão do Egipto, a nação mais poderosa da época (Êxodo 9:16).
Como é que devemos encarar o nome de Deus?
O terceiro mandamento diz: "Não tomarás o nome de Jeová, teu Deus, de maneira indigna" (Êxodo 20:7). Ninguém deve usar este nome de forma leviana ou desrespeitosa. Todos os representantes de Deus são obrigados a glorificá-lo com a sua conduta. Nunca devem desonrar o Seu santo nome.
É permitido pronunciar o nome de Deus?
O Livro diz que aqueles que temem a Deus devem usar o Seu nome, mas nunca de forma imprópria. "Dai graças a Jeová, invocai o seu nome" (Salmo 105:1). Os adoradores do passado, como Boaz, usavam o nome de Deus de forma reverente na sua adoração e na sua vida quotidiana (Rute 2:4).
Será que é realmente importante saber e usar o nome de Deus?
Pense nisto: o nome de Deus aparece muito mais vezes do que qualquer outro nome mencionado na Bíblia. Este nome, composto por quatro consoantes hebraicas chamadas Tetragrammaton, aparece quase 7.000 vezes no texto original hebraico da Bíblia. Não será isto uma prova de que Jeová quer que conheçamos e usemos o seu nome?
Jeová quer que aqueles que o amam mostrem que o seu nome é precioso para eles e o tornem conhecido (Salmo 69:30, 31; 96:2, 8). Lembre-se que Jesus ensinou os seus discípulos a orar assim: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Podemos contribuir para a santificação do nome de Deus, tornando-o conhecido. Isso aproximar-nos-á mais dele (Mateus 6,9).
A Bíblia mostra que Deus presta especial atenção à pessoa que "pensa no seu nome", que o valoriza (Malaquias 3:16). Para esse homem, Jeová promete: "Eu protegê-lo-ei, porque ele conheceu o meu nome. Ele chamar-me-á, e eu responder-lhe-ei. Estarei com ele na angústia" (Salmo 91:14, 15). É claro que, se alguém quiser desenvolver um relacionamento próximo com Jeová, é importante conhecer e usar o seu nome.
O nosso planeta tem todas as condições para suportar a vida. Tem água em abundância, o que é essencial para a vida. A sua inclinação, rotação e órbita são ideais para que os oceanos não congelem nem se evaporem. A sua atmosfera e o seu campo magnético protegem-na das radiações mortais. A interdependência dos mundos animal e vegetal é espantosa. É por isso que muitas pessoas estão convencidas de que o nosso planeta foi concebido com um objectivo.
Promessa escrita em Isaías 45:18
Porque isto é o que diz Jeová, o Criador dos céus, o verdadeiro Deus, que formou a terra, que a fez e a estabeleceu firmemente, que não a criou para nada, mas a formou para ser habitada: "Eu sou Jeová, e não há outro.
A terra foi concebida para que as pessoas que se respeitam mutuamente e amam o seu Criador possam viver felizes nela. Assim, a vida humana foi criada com um objectivo mais elevado do que a vida animal ou vegetal. Podemos conhecer o nosso Criador. Podemos admirar e imitar o Seu amor e justiça
O nosso Criador pode fazer tudo o que planeia fazer. Por isso, tenhamos a certeza de que ele eliminará o sofrimento e a injustiça e fará do nosso planeta um paraíso para os seres humanos!
Uma terra livre de doenças e de morte
Como seria grande o nosso alívio se a Terra fosse libertada da doença e da morte! As lágrimas de tristeza e desespero secar-se-iam! Acabar-se-iam os sofrimentos físicos e as terríveis enfermidades! Acabariam os estragos da velhice! Não haveria mais velhos fracos e desamparados, que muitas vezes são destituídos e sem esperança. Por todo o lado se veria o espectáculo de uma humanidade alegre, cheia de vitalidade. Não se ouviria em parte alguma um grito de dor!
É este o objectivo de Jeová. Deus decidiu dar ao homem muito mais do que alguns anos de uma vida cheia de preocupações e sofrimento. A Bíblia promete: "Então ouvi uma grande voz vinda do trono, dizendo: Vê! A tenda de Deus está com o povo, e ele habitará com eles, e eles serão o seu povo. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda a lágrima, e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor. As coisas antigas já passaram. (Apocalipse 21:3, 4).
Imagine o que será viver nessas condições com os seus entes queridos ressuscitados! Mas que garantia temos de que a ressurreição vai acontecer?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz [de Jesus] e sairão.” — João 5:28, 29.
Com essas palavras, Jesus predisse que no futuro, sob seu Reino, a Sepultura seria esvaziada. “A primeira vez que li João 5:28, 29 fiquei impressionado”, lembra Fernando, mencionado no artigo anterior. “Esse texto me deu verdadeira esperança, e comecei a ficar otimista quanto ao futuro.”
O fiel Jó tinha a esperança de que, após sua morte, Deus o traria de volta à vida depois de um tempo. Jó perguntou: “Quando um homem morre, pode ele viver novamente?” Ele mesmo respondeu com confiança: “Esperarei todos os dias do meu serviço obrigatório [o tempo na Sepultura], até vir o meu livramento. Tu chamarás, e eu te responderei.” — Jó 14:14, 15.
A ressurreição não era uma ideia nova para Marta, irmã de Lázaro. Depois que Lázaro morreu, Jesus disse a ela: “Seu irmão se levantará.” Marta respondeu: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” Jesus lhe disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, voltará a viver.” (João 11:23-25) Então Jesus trouxe Lázaro de volta à vida na mesma hora. Esse emocionante relato nos dá uma ideia dos grandes acontecimentos que ocorrerão no futuro. Imagine ressurreições como essa ocorrendo no mundo todo!
Alguns mortos serão ressuscitados para viver no céu?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: A Palavra de Deus mostra que a ressurreição de Jesus foi diferente das outras oito registradas na Bíblia. Aquelas pessoas voltaram a viver aqui na Terra. Mas, a respeito da ressurreição de Jesus, a Bíblia diz: “Jesus Cristo . . . está à direita de Deus, pois foi para o céu.” (1 Pedro 3:21, 22) Será que Jesus seria o único a ser ressuscitado para viver no céu? Certa vez, ele disse a seus apóstolos: “Depois que eu for embora e lhes preparar um lugar, virei novamente e os levarei comigo, para que, onde eu estiver, vocês também estejam.” — João 14:3.
Cristo foi para o céu e fez preparativos para a chegada de alguns de seus discípulos. Com o tempo, o número de pessoas ressuscitadas para viver no céu chegará a 144 mil. (Apocalipse 14:1, 3) Mas o que esses seguidores de Jesus farão lá?
Eles terão muito que fazer. As Escrituras nos dizem: “Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre eles a segunda morte não tem autoridade, mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.” (Apocalipse 20:6) Os ressuscitados para viver no céu governarão com Cristo como reis e sacerdotes sobre a Terra.
Depois desses, quem mais será ressuscitado?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: As inspiradas Escrituras registram estas palavras do apóstolo Paulo: “Eu tenho esperança em Deus, esperança que esses homens também têm, de que haverá uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” — Atos 24:15.
Quem estará incluído no grupo que Paulo chamou de “justos”? Veja um exemplo. No fim de sua vida, o fiel profeta Daniel recebeu a seguinte mensagem: “Você descansará, mas no fim dos dias se levantará para receber a sua porção.” (Daniel 12:13) Onde Daniel acordará do sono da morte? “Os justos possuirão a terra e viverão nela para sempre.” (Salmo 37:29) E Jesus predisse: “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.” (Mateus 5:5) Daniel e outros homens e mulheres fiéis serão ressuscitados para viver novamente na Terra, por toda a eternidade.
Quem estará incluído no grupo que Paulo chamou de “injustos”? Esses são os bilhões de humanos que morreram, muitos sem ter a chance de entender e aplicar as verdades da Bíblia. Após sua ressurreição, eles terão a oportunidade de conhecer e amar a Jeováa e a Jesus. (João 17:3) Todos os que escolherem servir a Deus poderão viver pelo mesmo tempo que o próprio Jeová: para sempre.
Há esperança para os mortos: como é que podemos ter a certeza?
Quão ingénuo é preciso ser para acreditar que os mortos voltarão a viver? O apóstolo Paulo não pensava assim. Escreveu sob inspiração divina: "Se só nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais dignos de lástima de todos os homens. Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram na morte" (1 Coríntios 15:19, 20). Para Paulo, a ressurreição era uma certeza. De facto, estava garantida pela ressurreição do próprio Jesus (Actos 17,31). É por isso que Paulo chama a Jesus "as primícias": ele foi o primeiro a ressuscitar para a vida eterna. E se ele foi o primeiro, logicamente outros seriam ressuscitados.
O que levou Jeová a planear a ressurreição?
O seu amor. "Se um homem forte morrer, poderá ele tornar a viver? Tu chamarás, e eu te responderei. Tu definharás depois da obra das tuas mãos" (Jó 14:14, 15). Job estava convencido de que o seu amoroso Pai celestial teria um forte desejo de o ressuscitar. Será que Deus mudou? "Eu sou Jeová, não mudei", diz Malaquias 3:6. Deus está mais ansioso do que nunca para ver os mortos vivos novamente, felizes e saudáveis. E esse é o desejo de todos os pais que perderam um filho. Mas a diferença é que Deus é capaz de realizar o que quer (Salmo 135:6).
Jeová dará ao seu Filho a capacidade de dar uma alegria sem limites a quem chora um ente querido. Que sentimentos é que a ressurreição inspira a Jesus? Jesus viu a angústia das irmãs e dos amigos de Lázaro antes de o ressuscitar e "chorou" (João 11:35). Noutra ocasião, perto de Naim, encontrou uma viúva que tinha acabado de perder o seu único filho. Jesus "teve pena dela e disse-lhe: "Pára de chorar"". Imediatamente ressuscitou o filho dela (Lucas 7,13). Assim, Jesus é profundamente sensível à dor e ao luto. Que alegria será para ele transformar a dor em alegria em todo o mundo!
É afectado pela dor? Talvez pense que a morte é um problema sem solução. Mas há uma solução: Deus, através do seu Filho, ressuscitará os mortos. Nunca se esqueça que ele quer que seja testemunha disso. Ele quer que voltem a abraçar os vossos entes queridos. Pensem nos planos que farão juntos, com um futuro eterno à vossa frente, nunca separados pela morte!
Terei todo o gosto em mostrar-lhe na sua própria Bíblia o que me convence de que a ressurreição vai acontecer.